CIDADANIA

Bolsonaro e ministro Rogério Marinho mentem sobre conclusão da Barragem Oiticica, no RN

Em vídeo postado nas redes sociais nesta quarta (9), o presidente da República Jair Bolsonaro (PL), acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho, afirma que a Barragem de Oiticica, no município de Jucurutu, interior do Rio Grande do Norte, só não foi concluída porque o Governo do RN estaria “usando politicamente famílias como massa de manobra” para impedir a finalização da obra.

As famílias às quais Bolsonaro e Marinho se referem estão localizadas na Comunidade de Carnaúba Torta, onde mora um grupo de 14 famílias, e não 12 como é dito no vídeo, em Barra de Santana. O Governo do Estado já construiu 16 casas para a transferências dos moradores locais, cuja mudança está programada para a próxima semana.

Ao todo, foram investidos R$ 50 milhões para a construção das casas com recursos do Governo do Estado e verbas federais vindas, em boa parte, através de emendas parlamentares. O local onde as residências foram erguidas fica na mesma região da bacia hidrográfica da Barragem de Oiticica, porém, fora da área que será inundada. O novo espaço vai se chamar Nova Barra de Santana e se trata de um complexo que também conta com comércio, escola e igreja.

Para resolver a questão da retirada das famílias de forma rápida, de acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), a proposta do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, era inundar a área para pressionar a saída das famílias por contra própria, sem qualquer indenização, compensação ou auxílio do poder público.

A maior autoridade do país vem ao Rio Grande do Norte, desconhece a realidade da obra e espalha notícias falsas. O presidente tem uma responsabilidade, assim como Rogério Marinho, primeiro como ministro e depois como filho da terra. O que eles dizem no vídeo não condiz com a verdade! O que Marinho queria é que o Governo do Estado fechasse a comporta da barragem e inundasse o lugar com as populações dentro. Que abandonasse essas pessoas para que elas saíssem por conta própria. Nosso Governo não faria isso! Não existe jogo político, mas responsabilidade em construir a obra e não abandonar as famílias”, denuncia João Maria Cavalcanti, secretário da Semarh.

Vídeo publicado por Bolsonaro e Marinho
João Maria Cavalcanti, secretário da Semarh

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