Rogério Marinho critica “censura prévia” contra parlamentares que divulgam fake news
Natal, RN 9 de mai 2024

Rogério Marinho critica “censura prévia” contra parlamentares que divulgam fake news

30 de janeiro de 2023
3min
Rogério Marinho critica “censura prévia” contra parlamentares que divulgam fake news

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O senador eleito Rogério Marinho (PL) criticou nesta segunda-feira (30) uma suposta “censura prévia” em relação a parlamentares que tiveram contas em redes sociais suspensas por defender bandeiras inconstitucionais. 

“Não posso impedir que o deputado, no seu conceito de inviolabilidade do mandato, possa se expressar”, alegou o ex-ministro de Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro.

Em 2022, vários deputados do PL perderam as redes sociais depois de fazerem publicações em que apoiavam as manifestações de caminhoneiros ou apontavam supostas fraudes nas eleições. Dentre eles, Carla Zambelli (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Major Vitor Hugo (PL-GO) e Coronel Tadeu (PL-SP).

Em 13 de janeiro, cinco dias após o ato golpista de Brasília em que bolsonaristas depredaram as sedes dos Três Poderes, Ferreira voltou a perder a conta no Twitter. O ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devolveu a conta no dia 26, mas condicionou a publicação de novas fake news a uma multa diária.

“Determino, ainda, a imposição de medida cautelar em face de Nikolas Ferreira consistente na abstenção de publicação, promoção, replicação e compartilhamento das notícias fraudulentas (fake news) objeto da presente decisão, sob pena de multa diária de R$ 10 mil no caso de descumprimento”, aponta a decisão.

A fala aconteceu durante entrevista ao Estúdio i, da GloboNews. A jornalista Andréia Sadi, apresentadora do programa, rebateu a fala de Marinho sobre a suposta “censura prévia”.

“O senhor está dizendo que existe uma censura prévia de algo que ninguém sabe o  que vai ser dito. Não é sobre isso. Nós estamos falando de pessoas que divulgam conteúdo fraudulento incitando violência, incitando golpistas e atos terroristas. Não posso crer que o senhor como um democrata que diz que é compactue com isso”, disse Sadi.

Governo Lula

Ainda em campanha para ser eleito presidente do Senado, o potiguar afirmou que não vai obstruir projetos enviados à Casa pelo presidente Lula caso seja eleito. A eleição acontece na quarta-feira (1º) e, além de Marinho, disputam o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e Eduardo Girão (Podemos-CE).

"A democracia exige, pede que haja o debate e que a maioria seja exercida quando for o caso. Isso significa inclusive que, caso o presidente da República mande projetos relevantes e importantes para o Senado, eu não vou fazer o papel de obstruir. Não é o meu papel. Serei um presidente que vai levar em consideração sempre o bom funcionamento da Casa", justificou.

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