Por Hugo Manso
A posse de Lula abriu + um livro de registros do Congresso Nacional.
Mas, jamais poderá ser considerada como + uma posse.
Empossado pela 3a vez, Lula pode pedir música 🎵 em horário nobre. E o fez em 2 palcos onde a música e a poesia animou inúmeras outras manifestações culturais nesse domingo de forte calor, entrando na madrugada da segunda feira.
Cheguei no Teatro Nacional às 8h30 com o Boneco Gigante do Lula desmontado.
A fila, já enorme, alimentava o evento previsto para ter inicio com o Cortejo Cultural.
Sem a presença dos “bonequeiros” previamente articulados, assumi pela 1a vez essa condição.
Vem um baiano que atua no teatro 🎭 e reforça a ajuda que Djalma Oliveira vinha me dando.
Teresa fica nas imagens e daqui a pouco estamos com Boneco montado e incorporado ao Cortejo.
Chega George Fernandes e encontra erros na montagem. Desmonta tudo para em seguida montar novamente…
Não podemos acessar a área + próxima ao Palácio do Planalto e seguimos para o gramado.
Ficamos em frente ao Palco Elza Soares.
Como sempre - desde 2019 - o Boneco construído em Currais Novos por João Antônio é um sucesso. Fotos, videos e abraços.
Como bonequeiro dei entrevistas, corri, dancei.
Depois George vira bonequeiro e por fim Diego Ventura.
Do palco Gal Costa, ouvimos o conterrâneo Geraldo Carvalho representando uma nova geração de músicos/compositores de Brasília.
Forró, Axé, Rock, Regge, Samba, Música de Terreiro e Música Cristã ampliam o conceito de musica popular brasileira na diversidade nacional absolutamente presente e representada naquela multidão com + de 300 mil pessoas.
Enquanto a musica corre solta, tendas com alimentos, bebidas e muita água 💦 amenizam cansaço.
Ônibus 🚌 parados na Arena Mané Garrincha que também é alojamento “esticam” a área da posse.
Começa a solenidade.
Lula vai ao Congresso, lembra sua ação como Constituinte em 1987 e reafirma compromissos.
“Sob os ventos da redemocratização, dizíamos: ditadura nunca mais! Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: democracia para sempre!”.
De fato melhor assistir na TV que na distância da esplanada dos ministérios…
Mas e a energia ? E a emoção ?
Indescritíveis ao vivo. No “calor da cor”. A posse “enegreceu” Brasília, misturou gerações, territórios e identidades.
Eita país bonito danado. Escrevo no ônibus 🚌 de volta a Natal e nesse momento olhando para o Rio São Francisco de Piranhas para as Carrancas …
Mas e o conteúdo dos discursos ?
E a representatividade das delegações internacionais ?
E a passagem da faixa ? O homem não apenas subiu a rampa como o fez muito bem acompanhado.
E ainda foi ao Palco para ouvir o poeta pernambucano Antonio Marinho:
“Esse é o nosso país.
Luis Inacio da Silva.
Lula foi o povo que te pariu, uma metade é Brasil a outra também…”
Os discursos, os gestos e as companhias do dia 1. se repetem nas nomeações, nos atos formais e prosseguem a cada momento.
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Hugo Manso é fundador do PT, ex-vereador de Natal e professor do IFRN