BNB faz visitas e avalia parcerias com Projetos da Grande Natal

Uma equipe do Banco do Nordeste visitou, nesta segunda (23), projetos situados em Natal e Região Metropolitana que podem concorrer a editais que estão em andamento.

A comitiva foi guiada pelo diretor de Planejamento do BNB, o potiguar Aldemir Freire. O grupo passou pelo Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo (Pax) e pelo Instituto Santos Dumont (ISD), ambos localizados em Macaíba; pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RN); pelo Instituto Metrópole Digital (IMD), da UFRN; pelo Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), que já tem um projeto financiado pelo BNB de capacitação de mecânicos para a conversão de carros comuns para elétricos; e pelo Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER).

A 1ª parada foi no Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo (Pax), concebido para ser uma escola de formação de cientistas. O espaço conta com 20 salas disponíveis para empresas e incubadoras, além de 35 hectares para instalação de indústrias.

Por falta de financiamento, a unidade chegou a devolver o prédio à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em 2018, sendo reaberto no final do ano passado depois de um aporte do Governo do Estado. A estrutura foi reformada, mas o PAX ainda precisa de investimentos para funcionar.

"A gente tem uma grande expectativa de que o Banco do Nordeste venha se integrar e fortalecer o nosso ecossistema de inovação. E que o PAX possa deslanchar e atuar efetivamente como ele deve atuar, integrando a pesquisa com a empresa e o Governo", comentou Olavo Bueno, diretor presidente do Parque Científico Augusto Severo.

Na sequência, a equipe do Banco do Nordeste visitou o Instituto Santos Dumont (ISD), organização social vinculada ao Ministério da Educação que atua nas áreas de saúde materno-infantil, saúde da pessoa com deficiência, neurociências e neuroengenharia.

Ao fim do encontro, ficou acordado que as equipes do PAX, ISD e Banco do Nordeste vão focar a atuação inicialmente na área da saúde, convidando outros parceiros, como a Liga Norte-rio-grandense Contra o Câncer, Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais), secretarias de estado, planos de saúde e hospitais para o planejamento de ações conjuntas.

A comitiva ainda passou pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RN) - o BNB é parceiro e um dos co-realizadores do Go! RN 2023 - e pelo Instituto Metrópole Digital (IMD), da UFRN. Os dois disponibilizam espaços para startups e incubadoras de empresas e estão inseridos na chamada Metrópole Digital, uma área de 16,4 km², que, a partir do IMD, oferece benefícios fiscais para empresas de tecnologia ali instaladas.

A maratona de visitas foi concluída no Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER) e Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), principais centros de pesquisa aplicada e educação profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

O Banco do Nordeste está com dois editais nos quais as empresas potiguares podem concorrer: o Fundeci (Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Inovação), no valor de R$ 20 milhões, para projetos de pesquisa na área de energias renováveis e hidrogênio verde, com aporte que vai de R$ 100 mil a até R$ 1 milhão para cada projeto selecionado; e um edital no valor inicial de R$ 15 milhões para os chamados "projetos de balcão", que são de escolha direta. Nessa modalidade, a instituição apresenta o projeto e o Banco define se vai aportar recursos e em que volume.

Antes de chegar ao Rio Grande do Norte, a equipe do Banco do Nordeste já havia visitado projetos no Ceará e planeja, ainda este ano, passar pela Paraíba e Bahia.

"Nós estamos em um processo de ampliação dos conhecimentos que temos sobre energias renováveis, porque nós vemos aí uma área com grande potencial de desenvolvimento. O Nordeste brasileiro e o RN, em especial, têm um papel particular de liderança na geração de energias renováveis. Faz parte da gente acumular conhecimento nessa área, até para melhorar nossos processos de financiamento do desenvolvimento da Região", avalia Aldemir Freire, diretor de Planejamento do BNB.