Líder de facção matou prefeito de Campestre, no RN, diz Polícia Civil
O assassinato do prefeito do município de São José de Campestre, Joseilson Borges da Costa, conhecido como Nenem Borges (MDB), de 43 anos, foi elucidado, de acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Norte. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (26), o delegado Wellington Guedes afirmou que o crime foi cometido por líder de facção criminosa interestadual.
A Polícia não divulgou o nome do autor dos três tiros que mataram Nenem Borges em 18 de abril deste ano, em casa. Um mandado de prisão preventiva foi expedido após a produção de provas. “Ele não foi preso ainda, mas em breve estaremos realizando a prisão deste indivíduo e dando uma resposta à altura”, avisou o delegado.
As investigações apontam que o criminoso agiu por iniciativa própria, sem mandante e sem o envolvimento de terceiros.
A Polícia atestou que o crime foi motivado pelo empenho do gestor no combate à criminalidade. “O prefeito Neném Borges desejava o desenvolvimento socioeconômico daquela cidade e, de fato, ele dava um apoio institucional muito forte às forças de segurança pública, incentivando o combate à criminalidade na região”, disse o delegado Wellington Guedes, ao lembrar que 15 dias antes da execução, o suspeito foi alvo de operação que apreendeu colete balístico e revólver usado em outro homicídio.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o autor do crime comentava que o prefeito tinha “rixa” com ele e que a operação havia sido montada para matá-lo. “A operação não foi para matá-lo, foi para efetuar a sua prisão e coletar elementos informativos e robustecer outras investigações”, esclareceu, Guedes, acrescentando a participação efetiva do Ministério Público do RN na investigação.
Delegado Wellington Guedes, da delegacia regional de Nova Cruz, comenta o caso "Neném Borges":
Sobre a vítima:
Nenem Borges assumiu o cargo de prefeito pela primeira vez em abril de 2018, quando era presidente da Câmara Municipal da cidade, depois que o Tribunal Regional Eleitoral cassou o diploma da então prefeita da cidade e sua vice, Maria Alda Romão Soares e Eliza Assis de Oliveira Borges, que responderam a processo por captação ilícita de votos e abuso do poder econômico.
Em junho do mesmo ano, Nenem foi eleito por meio de eleições suplementares, sendo reeleito pelo MDB em 2020. Nenem Borges era agricultor, casado e pai de dois filhos.