Da bancada do RN, só Mineiro participou de ato pró-democracia
Natal, RN 8 de mai 2024

Da bancada do RN, só Mineiro participou de ato pró-democracia

9 de janeiro de 2024
3min
Da bancada do RN, só Mineiro participou de ato pró-democracia
Fernando Mineiro e Fátima Bezerra posam ao lado da Constituição Federal restaurada / foto: Viniciuz Borba

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Brasília/DF - O ato em defesa da democracia convocado pelos chefes dos três Poderes da República nesta segunda-feira (8), em Brasília, não contou com o apoio da bancada do Rio Grande do Norte.

Presente à cerimônia, apenas o deputado federal Fernando Mineiro (PT):

"Esse ato é importante porque representa uma reação das instituições ao que aconteceu em 8 de janeiro do ano passado. Nós tivemos uma clara tentativa de golpe. Se foi um golpe tabajara ou não, a história dirá. Mas foi uma clara tentativa de golpe, articulada, com estratégia definida muito forte de criar um ambiente para haver uma intervenção militar no Brasil. E a reação das instituições, da sociedade, mesmo de forma diluída, impediu que isso acontecesse. E durante o ano de 2023, a própria CPI que o Congresso Nacional instalou mostrou as claras intenções do que essa gente queria. O que as investigações e os processos que correm no Supremo estão mostrando também", destacou.

O evento, batizado “Democracia Inabalada”, marcou o primeiro aniversário da tentativa de golpe articulada por bolsonaristas em 8 de janeiro de 2023, uma semana após a posse do presidente Lula. Na ocasião, milhares de pessoas invadiram e depredaram as sedes do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. Além de quebrados, alguns sem condições sequer de restauração, objetos foram roubados.

Poucas horas antes do evento, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) alegou problemas de doença na família para justificar a ausência. A mesa oficial, no entanto, estava representativa. Lula (presidente da República), Rodrigo Pacheco (presidente do Senado), Luís Roberto Barroso (presidente do TSE), Alexandre de Moraes (presidente do TSE), Paulo Gonet (procurador-geral da República) participaram e discursaram. Rosa Weber, ex-presidenta do STF à época da invasão, também compôs a mesa, mas não falou.

Os 27 governos estaduais foram representados pela governadora do Rio Grande do Norte Fátima Bezerra (PT), que fez um discurso cobrando punição, sem anistia, para os golpistas de 8 de janeiro.

Bancada do RN

A oposição tratou o evento como se fosse uma manifestação política idealizada por Lula. Na semana passada, 30 senadores assinaram um manifesto contra o ato, entre eles os potiguares Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (Podemos). A senadora Zenaide Maia, aliada do governo e única parlamentar em 2016 a votar contra o golpe que derrubou Dilma Rousseff, também não apareceu.  

A principal ausência sentida, porém, foi a da deputada Natália Bonavides (PT), que tem na defesa da democracia uma das principais pautas do mandato. Em contato com a reportagem, a assessoria de imprensa da parlamentar informou apenas que “a deputada Natália Bonavides não compareceu ao ato do dia 8 de janeiro na Câmara Federal por motivos de ordem pessoal”.

Nas redes sociais, a pré-candidata à prefeitura de Natal pelo PT fez algumas postagens sobre a data e o evento.

Como já era esperado, os extremistas general Girão e Sargento Gonçalves, ambos do PL, também não foram. Ainda levaram falta Robinson Faria (PL), pai do ex-ministro bolsonarista Fábio Faria; João Maia (PP), Benes Leocádio (MDB) e Paulinho Freire (União).

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