Ufersa terá curso de Pedagogia Bilíngue de Surdos
A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) vai oferecer o curso de Pedagogia Bilíngue de Surdos no campus de Caraúbas. Aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoa de Nível Superior (Capes), o curso terá oferta de 30 vagas.
A licenciatura está dentro do Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (Parfor Equidade). A iniciativa visa formar professores em licenciaturas específicas para atendimento das redes públicas de educação básica ou das redes comunitárias de formação por alternância, que ofereçam educação escolar indígena, quilombola e do campo, assim educação especial inclusiva e na educação bilíngue de surdos.
No Rio Grande do Norte, outras universidades também tiveram propostas aceitas dentro do Parfor Equidade. Em Natal, a UFRN vai oferecer a graduação de Licenciatura em Educação Intercultural Indígena (40 vagas), destinado exclusivamente aos professores indígenas, e também de Educação Especial Inclusiva (50 vagas).
O IFRN, por sua vez, terá o curso de Educação Quilombola (30 vagas), em Pau dos Ferros.
A Ufersa também inscreveu o curso de Educação do Campo. A proposta, entretanto, não foi selecionada.
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Além de preparar educadores em exercício, o Parfor Equidade vai ampliar o número de profissionais que trabalham com esse grupo. Pelo menos 50% das vagas serão destinadas a professores da rede pública que já ensinam na área do curso sem ter a formação adequada, com preferência para indígenas, quilombolas, negros ou pardos, pertencentes a populações do campo, pessoas surdas e público-alvo da educação especial. Para os demais, haverá processo seletivo feito pelas instituições de ensino superior, com destinação de cotas conforme legislação vigente e baseada em dados de cor/raça de cada estado.
O Parfor Equidade também investe na execução de projetos pedagógicos com forma diferenciada de tempo, espaço e organização dos conhecimentos. O Programa tem a função de aproximar a educação superior e básica, de modo a que comunidades e escolas possam ser espaços de formação e pesquisa. Outro aspecto inovador é que mestres tradicionais de saberes reconhecidos nessas comunidades poderão ser formadores em atividades e disciplinas específicas.
Nacionalmente, foram selecionadas 135 propostas e o investimento previsto é de R$371 milhões. Cerca de 7,5 mil vagas serão abertas.