Greve dos servidores dos IFs começa nesta quarta (3)
A greve dos servidores e servidoras dos Institutos Federais do Rio Grande do Norte (IFRN) vai começar nesta quarta-feira (3). Aprovada em plenária do Sindicato Nacional dos Servidores Federais na Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), sede Natal, na última terça-feira (26), a greve será por tempo indeterminado.
A decisão faz parte de uma agenda nacional de lutas dos servidores dos IFs e demais servidores públicos da educação. E de acordo com o Sinasefe/Natal, a categoria luta por um reajuste salarial, pela reestruturação das carreiras e pelo "revogaço" das medidas do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os servidores pedem uma recomposição salarial de 34,22% para os técnicos da carreira do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) e 22,71% para os docentes da carreira do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). A proposta que o Governo tinha dado à categoria de servidores dos IFs incluía apenas o aumento de alguns benefícios a partir do mês de maio: elevar o auxílio alimentação de R$ 658,00 para R$ 1.000,00; elevar o per capita saúde (“auxílio-saúde") do valor médio de R$ 144,00 para 215,00; elevar o auxílio creche de R$ 321,00 para R$ 484,90
"A Diretoria Executiva do Sinasefe Natal reforça que a deliberação da greve demonstra que a categoria está disposta a intensificar as lutas e a defender a educação pública", informou o Sindicato nas redes sociais.
Aderência da greve dependia da resposta do ministro da educação
O Sinasefe já tinha explicado à Agência Saiba Mais que a aderência da greve nacional ia depender de uma resposta favorável do Ministro da Educação Camilo Santana. “Se o retorno não for favorável para nós, dia 03 [de abril] estaremos deflagrando a greve”, defendeu. No entanto, a categoria aderiu à paralisação antes mesmo da resposta da pasta, porque a insatisfação dos servidores também era referente a falta de comunicação do Governo Federal.
"O governo vem empurrando com a barriga, e não nos dá retorno. Nós já estamos desacreditados, então decidimos fazer a grave antes desse prazo, pois é o instrumento que a gente tem para pressionar e conseguir essa resposta por parte do governo", explicou Sônia Moura, diretora do Sinasefe/Natal, na época.