Diretor do Giselda recomenda que escolas não realizem atividades externas
Natal, RN 4 de mai 2024

Diretor do Giselda recomenda que escolas não realizem atividades externas

22 de julho de 2019
Diretor do Giselda recomenda que escolas não realizem atividades externas

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Em ofício circulado internamente, o diretor geral do Hospital Giselda Trigueiro, André Luciano, recomendou à Secretaria de Educação e Cultura (SEEC) que os alunos da rede pública de ensino não realizem atividades externas devido à falta de soros antivenenos e antirrábicos. O motivo é a diminuição do abastecimento desses materiais por parte do Governo Bolsonaro.

“Preocupa-nos o fato de recebermos frequentes questionamentos de pais relatando que a escola de seus filhos está organizando visitas ecológicas, piqueniques, passeios ou quaisquer outras modalidades pedagógicas em matas ou parques, incluindo os urbanos”, relata André Luciano, diretor-geral do Hospital Giselda Trigueiro, unidade especializada em doenças infectocontagiosas.

“Entendemos que, apesar de importantes, estas atividades expõem os alunos a um maior risco de contato com os supracitados animais, justamente em um momento onde não há garantia de tratamento contra suas agressões”, completa o diretor do hospital, que é referência em todo o estado. 

O ofício circula num momento em que o estado enfrenta uma crise de origem nacional no abastecimento de soros antivenenos e antirrábicos, importantes para os atendimentos realizados em urgências, principalmente em áreas onde há maior contato de humanos com animais como morcegos, saguis, raposas, equinos, bovinos, suínos, cães, gatos e outros tantos, de acordo com o diretor. 

“Resta-nos solicitar que transmita nosso relato a todas as instituições de ensino do Rio Grande do Norte, sejam elas públicas ou privadas, recomendando que evitem atividades pedagógicas em locais que aumentem a exposição aos animais peçonhentos e transmissores de raiva”, pontua o diretor. “Esta recomendação deve perdurar enquanto houver desabastecimento dos soros, visando unicamente à prevenção de irreparáveis e drásticas consequências”.

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