Mídia argentina tenta ressuscitar Macri na reta final da eleição
Natal, RN 7 de mai 2024

Mídia argentina tenta ressuscitar Macri na reta final da eleição

22 de outubro de 2019
Mídia argentina tenta ressuscitar Macri na reta final da eleição

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ComunicaSul*

Buenos Aires/Argentina

O debate eleitoral entre os postulantes à presidência na Argentina, ocorrida na noite de domingo (20), não teve vencedor.  Com formato engessado e esvaziado de conteúdo político, a tônica do embate foi a disputa do voto pela rejeição ao oponente. Mesmo assim, o que se viu nos principais meios de comunicação da Argentina foi completamente diferente.

Direto de Buenos Aires, os jornalistas do ComunicaSul analisaram como os principais periódicos do país transformaram o insosso debate eleitoral em um golpe de Macri no amplo favoritismo da chapa formada por Alberto Fernandez e Cristina Fernández de Kirchner (candidata à vice-presidência). A conversa contou com a participação de Vanessa Silva (Diálogos do Sul), Felipe Bianchi (Barão de Itararé), Rafael Duarte (SaibaMais) e Caio Teixeira

Defensor de um discurso que se resume a jogar a mazela histórica da corrupção nas costas de Nestor e Cristina Kirchner, Macri, mesmo confrontado sobre inúmeros escândalos que protagonizou durante sua passagem pela Casa Rosada, insistiu no roteiro.
Inimigos declarados do projeto nacional e popular iniciado por Nestor Kirchner na década passada, os grandes meios não se constrangem em colocar seu jornalismo a serviço de "ressuscitar" Macri na disputa - nas primárias, em agosto, o atual presidente, com 30% das intenções de voto, foi demolido pelo candidato da Frente de Todos, que arrematou 50%, placar cujos precedentes apontam para um cenário desolador para o mega-empresário de Buenos Aires. As projeções apontam que ele precisa de 2,5 milhões de votos para voltar a sonhar com o segundo turno.

A defesa de seu mandato, que pode estar muito próximo do fim, se resumiu a ataques a Alberto Fernandez e à transferência de responsabilidade, aos governos anteriores, da ineficácia dos trágicos movimentos que levou a cabo, como a escalada do endividamento externo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a troco de nenhum resultado positivo na busca por uma saída para a crise. Pelo contrário: a Argentina agoniza em um cenário de estrondosa inflação, desemprego em massa e o retorno de milhões de cidadãos à pobreza.

De acordo com os jornalistas do ComunicaSul, a aposta da mídia hegemônica na Argentina é reprovável, porém não surpreende. Os dirigentes do grupo Clarín, que monopoliza o sistema midiático do país, já declarou que contra os Kirchner se pratica o 'jornalismo de guerra, recordam.

Assista a análise completa:

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O Coletivo de Comunicação Colaborativa ComunicaSul está cobrindo as eleições na Bolívia, Argentina e Uruguai com o apoio das seguintes entidades:

Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé; Hora do Povo; Diálogos do Sul; SaibaMais; 6 três comunicação; Jaya Dharma Audiovisual; Fundação Perseu; Abramo; Fundação Mauricio Grabois; CTB; CUT; Adurn-Sindicato; Contee; CNTE; Sinasefe-Natal; Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região; Sindsep e Sinpro MG. A reprodução é livre, desde que citados os apoios e a fonte.

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