Campanha de conscientização denuncia trabalho infantil no carnaval
Natal, RN 3 de mai 2024

Campanha de conscientização denuncia trabalho infantil no carnaval

20 de fevereiro de 2020
Campanha de conscientização denuncia trabalho infantil no carnaval

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Pelo menos um bloco está proibido de desfilar no carnaval 2020 em Natal: o bloco do trabalho infantil. Uma campanha de conscientização inédita realizada pelo Ministério Público do Trabalho em parceria com a secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) vai alertar a população em pelo menos um município de cada região administrativa do Rio Grande do Norte.

Batizada de “Neste Carnaval, não deixo o trabalho infantil desfilar”, a campanha será realizada em Natal, Parnamirim, Canguaretama, Apodi, Touros, Caicó, Santa Cruz e Alexandria. Cada cidade terá um estande, identificado com o banner da campanha, para orientações e realização de trabalho educativo, com foco na conscientização e na participação social na fiscalização de ocorrências de trabalho por crianças e adolescentes.

Em Natal, haverá estandes nos sete polos do Carnaval.

A campanha também orienta quanto às denúncias de crianças em situação de trabalho, que podem ser feitas aos Conselhos Tutelares e também pelo Disque 100.

“É muito importante essa atuação do Cerest no sentido de identificar o trabalho infantil no Carnaval. É uma ação para conscientizar a população de que o trabalho infantil não é bom: ele perpetua o ciclo de pobreza. Crianças expostas nas ruas estão sujeitas a serem cooptadas para a criminalidade e exploradas sexualmente”, explica a procuradora Regional do Trabalho Ileana Neiva, que representa o MPT-RN na campanha.

De acordo com Kelly Lima, subcoordenadora do Cerest Estadual, a campanha é de cunho educativo e informativo, não tem caráter opressor e nem vai recolher as crianças que estejam em situação de trabalho infantil. "O nosso objetivo é alertar sobre os problemas que o trabalho infantil pode causar. No ano passado, por exemplo, aconteceram 20 acidentes graves com crianças e adolescentes que não deveriam estar trabalhando e, sim, nas escolas", disse.

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