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Enquanto o governador Robinson Faria tenta atrair o PSDB pela boca, em jantar servido hoje à noite na casa do deputado federal Fábio Faria, em Brasília, com presenças de Geraldo Alckmin, Gilberto Kassab, Rogério Marinho e Ezequiel Ferreira de Souza...
o MDB dá como certa a aliança com os tucanos na chapa encabeçada pelo ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT).
Nos bastidores, a aliança está fechada.
No melhor estilo "as voltas que a vida dá", Garibaldi Alves editaria uma dobradinha com Geraldo Melo, que se filiou recentemente ao PSDB após deixar o MDB, magoado com o tratamento que vinha recebendo do Partido.
A questão é matemática. A cúpula do MDB acredita que o eleitor de Garibaldi não teria dificuldade em votar em Geraldo Melo para a segunda vaga, e vice-versa.
Sobraria então para o senador José Agripino Maia (DEM), que precisa manter o foro privilegiado a todo custo e, a cada dia, vê mais dificuldades em se consolidar numa chapa eleitoralmente viável.
A chapa encabeçada por Carlos Eduardo Alves com Garibaldi e Agripino Maia é considerada "pesada" e chegou a ser batizada de "chapa Lava-jato", em razão das investigações no STF envolvendo os dois senadores.
As pesquisas de intenção de voto para o Senado mais recentes apontam que a disputa vai ser acirrada e estaria, hoje, entre a deputada federal Zenaide Maia (PHS), que desponta na preferência dos eleitores, e os atuais senadores Garibaldi Alves (MDB) e José Agripino (DEM).
Três candidatos para duas vagas.
Geraldo Melo, que apareceu bem nas pesquisas para o Governo do Estado, à frente até de Robinson Faria, embolaria ainda mais a corrida.
Ex-governador do Estado e ex-senador, Geraldo Melo está com 83 anos e chegaria ao fim de um eventual mandato com 91.