Deltan cogitou concorrer ao Senado e deixou em aberto tentar 2022
Natal, RN 26 de abr 2024

Deltan cogitou concorrer ao Senado e deixou em aberto tentar 2022

4 de setembro de 2019
Deltan cogitou concorrer ao Senado e deixou em aberto tentar 2022

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O procurador Deltan Dallagnol considerou se candidatar a uma vaga de senador nas eleições de 2018, revelam mensagens trocadas via Telegram e entregues ao Intercept por uma fonte anônima. Num chat consigo mesmo, ele chegou a se considerar “provavelmente eleito”. Também avaliou que a mudança que desejava implantar no país dependeria de “o MPF lançar um candidato por Estado” — uma evidente atuação partidária do Ministério Público Federal, proibida pela Constituição. Dallagnol teria sido convidado pelo Podemos para concorrer às eleições.

O coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, cogitou concorrer ao Senado e deixou em aberto sua candidatura em 2022. Mensagens revelam que atitudes do procurador não se limitava somente a enriquecer com as palestras que passou a fazer com a fama construída no calor da operação. Ele tinha também objetivos políticos-partidários. Ou nas eleições do ano passado, das quais a Lava Jato eliminou a participação de Lula por meio de uma condenação em tempo recorde e arbitrária, ou em 2022 – se não for atrapalhar o conterrâneo Álvaro Dias.

Em 29 de janeiro de 2018, numa longa mensagem enviada para ele mesmo, Dallagnol refletiu: “Tenho apenas 37 anos. A terceira tentação de Jesus no deserto foi um atalho para o reinado. Apesar de em 2022 ter renovação de só 1 vaga e de ser Álvaro Dias, se for para ser, será. Posso traçar plano focado em fazer mudanças e que pode acabar tendo como efeito manter essa porta aberta”.

A deputada federal Natália Bonavides, do Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Norte, repercutiu as mensagens no Twitter, criticando o aparelhamento político do Ministério Público Federal.

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Nas mensagens obtidas, segundo o Intercept, Deltan Dallagnol sinaliza ter conversado sobre candidatura com figuras como o jurista Joaquim Falcão, professor da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro, ex-presidente da Fundação Roberto Marinho e membro da Academia Brasileira de Letras, o jornalista e colunista do UOL Josias de Souza e o jurista Michael Mohallen, também da FGV-RJ.

“Vc tem de pensar no Senado”, escreveu Aras, então chefe da Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria Geral da República. A resposta de Dallagnol deixou claro que o tema não era novidade nas conversas entre os procuradores. Eram tempos em que a Lava Jato se sentia ameaçada. Dois dias antes, em uma audiência, os advogados de Lula haviam discutido com Sergio Moro, afirmando que ele estava atuando como “acusador principal”, e não como juiz.

Intercept informa que Josias e Mohallem confirmaram ter mantido conversas com Dallagnol sobre o assunto. Leia aqui a reportagem completa.

*Informações: Rede Brasil Atual

**Edição: agência Saiba Mais

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