Músico potiguar que teve equipamentos roubados em assalto lança vakinha virtual para retomar carreira
Natal, RN 30 de abr 2024

Músico potiguar que teve equipamentos roubados em assalto lança vakinha virtual para retomar carreira

18 de janeiro de 2021
Músico potiguar que teve equipamentos roubados em assalto lança vakinha virtual para retomar carreira

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Por incrível que pareça, a pandemia não foi o pior momento dos últimos meses na vida do músico Fábio Rocha Melo, o Zé Caxangá ou Fabão da Orquestra Boca Seca e de outras tantas bandas da cena musical independente natalense.

Na madrugada de 6 de janeiro, após um show num bar da Cidade Alta, Caxangá foi vítima de assalto no largo do Atheneu, em Petrópolis, e teve todos os equipamentos do estúdio móvel levados pelos bandidos. O músico ficou sem o computador, os microfones e os pedais.

- Só não levaram a guitarra porque estava no chão e não viram”, conta, ainda traumatizado pela noite.

Sem grana para comprar o mesmo material que adquiriu nos últimos dois anos, Fabão lançou na segunda-feira (18) uma vakinha virtual e conta com a ajuda de amigos e fãs para reaver os equipamentos roubados. O objetivo é arrecadar R$ 6 mil. Só no primeiro dia da campanha ele já conseguiu R$ 2,095 mil. Para contribuir clique aqui 

- Os amigos já estão ajudando. Fiz a campanha pra levantar pelo menos o computador e os microfones. Me senti muito amado pelas pessoas. Não sabia que as pessoas gostavam tanto de mim assim”, disse, emocionado.

Fabão é um dos músicos mais queridos da cidade e atua em vários projetos. Além de guitarrista da Orquestra Boca Seca, Ângela Castro e Buena Onda, Orquestra Greiosa, entre outros grupos, ele já fez parte da banda Luísa e os Alquimistas e Clara e a Noite.

Um socorro emergencial para tempos tão difíceis virá da lei Aldir Blanc. Fabão vai participar de alguns projetos aprovados pela lei criada para auxiliar artistas de todo o país.

Assalto

O músico conta que já estava esperando um uber quando dois jovens armados chegaram anunciando um assalto. Recolheram celulares, bolsas e outros pertences dos clientes. O momento mais tenso ocorreu quando um dos assaltantes tropeçou e derrubou cerveja em um cliente, que reagiu sem saber que se tratava de um assalto. O bandido, segundo Fabão, apertou o gatilho oito vezes, mas a arma não disparou.

- A galera gritando, se jogando no chão, foi tenso demais”, lembra.

Após a noite traumática, o músico conta que não tem tido vontade de sair de casa e passou a ficar mais com a filha. Os trabalhos que fazia em estúdio, como produtor, estão parados até que consiga comprar os equipamentos roubados:

- Como estúdio estou sem trabalhar, estava com vários projetos para começar com Glória Morena, Sueldo Soares, Geraldo Carvalho, Orquestra Boca Seca... e fico com medo também, a gente que é artista e é um pouco mais sensível.... estou me apegando à minha filha e aos amigos, ficando mais em casa, sem vontade de sair”, afirmou.

Os equipamentos roubados não fizeram Fabão odiar, defender a redução da maioridade penal ou pena de morte para os assaltantes. Pelo contrário, o músico se diz estimulado a voltar a trabalhar com projetos sociais:

- Ódio nenhum, ao contrário: pensei inclusive em voltar a fazer um projeto de arte e educação aqui na minha comunidade, na Vila de Ponta Negra”, afirmou.

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