Formado por artistas com e sem deficiências, o coletivo CIDA (RN) estreia neste domingo (7) a remontagem do espetáculo “Estado Transitório”. O público pode conferir a exibição, a partir das 20h, tanto no youtube do coletivo quanto pelo site.
A peça faz parte de uma série de atividades do grupo que celebra cinco anos de resistência em 2021.
A programação comemorativa dos lançamentos, que começou dia 31 de outubro com o espetáculo “Do outro lado do avesso” segue até o dia 28 de novembro, sempre aos domingos.
Fundado por Arthur Moura, René Loui e Rozeane Oliveira, o Coletivo CIDA é um núcleo artístico de dança contemporânea e performance, fundado no ano de 2016 por jovens artistas emergentes das mais diversas regiões do Brasil e radicados na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, com objetivo da profissionalização e subsistência através da dança:
“Atravessados pelos impactos da tecnologia trazidos devido ao cenário pandêmico, estamos utilizando ainda mais as tecnologias assistivas como propulsão criativa, redescobrindo as relações entre artista e público, agora, prioritariamente mediadas pelas telas. Desenvolver eventos, ações formativas e produções por meio de ferramentas comunicacionais acessíveis, é uma vontade que acompanha o coletivo CIDA desde sua criação e que agora, graças à soma de muitos esforços, se torna possível”, pontua Arthur Moura, um dos idealizadores do grupo..
O projeto conta com recursos da Lei Aldir Blanc – Rio Grande do Norte por meio da Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal do Brasil

Estado Transitório
O espetáculo “Estado Transitório” foi criado em 2018 como uma peça coreográfica com assinatura de René Loui e Rozeane Oliveira. A remontagem da peça vem pensada pelas vias de uma produção audiovisual de dança com recursos de acessibilidade comunicacional, através de LIBRAS e audiodescrição. A nova versão conta com a participação de Mainá Santana e Diogo Ricardo.
A obra também conta com a parceria da Ilha Deserta Filmes e, assim como as demais produções do CIDA, “Estado Transitório” traz recursos de acessibilidade comunicacional.
Fragilidade, vulnerabilidade e ao mesmo tempo resistência são alguns dos estímulos coreográficos utilizados para a criação do espetáculo , que se concretiza como uma metáfora sobre a vida do artista independente. A obra traz à tona, por meio da linguagem subjetiva da dança produzida pelo Coletivo CIDA, as realidades, instabilidades e identidades de quatro artistas pretos, residentes da cidade de Natal.