Rafael Motta perde força para o Senado após encontro do PT confirmando Carlos Eduardo

O Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio Grande do Norte realizou no domingo, 29, um evento político chamado Encontro de Estratégia Eleitoral, quando 130 delegados e delegadas do partido aprovaram resoluções para a campanha deste ano. Politicamente, o encontro confirmou as alianças eleitorais com MDB e PDT, tendo inclusive a presença na mesa do emedebista Walter Alves, pré-candidato a vice-governador, e do pedetista Carlos Eduardo Alves, pré-candidato ao Senado.

A candidatura ao Senado foi uma das pautas políticas antes, durante e depois do encontro. No evento, Carlos ficou ao lado do senador Jean Paul Prates (PT), preterido na chapa por Carlos, mas que fez discurso elogiando a aliança e reforçando apoio à candidatura do ex-prefeito. Fátima Bezerra, por sua vez, elogiou Carlos mas disse que na sua "chapa do coração" o candidato seria Jean Paul. O petista ainda tem seu nome defendido como candidato à reeleição para o Senado por parte dos delegados e militantes.

Contudo, a ausência do deputado Rafael Motta (PSB) acabou sendo um dos assuntos mais comentados. Rafael tenta viabilizar sua pré-candidatura a senador, ainda que o PSB seja do grupo político de sustentação do Governo Fátima. O deputado contava com apoios de petistas que rechaçam a candidatura de Carlos Eduardo. Porém, ainda que no encontro delegados e militantes tenham criticado Carlos e votado contra a aliança com o PDT, isso não resultou em apoio direto a Rafael. Nenhum delegado do PT citou o nome dele publicamente durante o evento.

Em contato recente com a reportagem da Agência Saiba Mais, o presidente estadual do PT, Júnior Souto, disse que "não há tempo nem espaço para uma candidatura de Rafael Motta", rechaçando qualquer possibilidade do tema ser debatido. O partido seguiu a linha traçada por Souto e não colocou a questão Rafael na pauta. A presença de Carlos na mesa de trabalhos reforçou o apoio, ainda que com divergências, ao ex-prefeito de Natal. Rafael vem divulgando apoio de prefeitos de municípios do interior e de vereadores ao seu projeto rumo ao Senado, mas, ainda não arregimentou apoios de políticos progressistas de maior peso eleitoral. Mesmo sem participar do encontro do PT, Rafael Motta saiu dele mais enfraquecido politicamente.