Por Fada Sensata com Asas de Glitter
Em um post no Facebook, li que os grupos de extrema-direita tentam uma nova cartada para prejudicar, não somente a democracia brasileira, mas a economia do próprio país em que nasceram, vivem e afirmam amar.
A publicação recomenda uma série de medidas para “desacelerar a economia ao máximo”, como “não comprar o que pode ser postergado, do tipo: roupas, móveis, carros, joias, celulares, calçados, eletrodomésticos e imóveis”.
Outra recomendação é não ir a restaurantes por sessenta a noventa dias, “principalmente os mais caros, mas se tiver que ir, evite 100% todos os esquerdistas”.
"Não ir ao cinema e a nenhuma diversão paga, evitar shows, peças de teatro, novelas, filmes e series, principalmente de artistas da esquerda", é outra diretriz da nova militância e está no mesmo nível de dificuldade que a anterior, principalmente, porque, vamos combinar, todos os artistas talentosos são de esquerda, né, gente?
“Evitar andar de carro, preferindo ir de ônibus, a pé ou de bicicleta, ou até mesmo de metrô, se houver na cidade”, até que gostei porque ajuda no combate à poluição, embora o tema não seja uma bandeira dos movimentos de direita.
O item que diz “Tente viver sem uma empregada doméstica. No máximo, uma diarista uma ou duas vezes por semana”, me causou um ataque de riso porque, kkk, eu não tenho uma empregada doméstica. Nós mesmos limpamos nossa casa, lavamos nossa roupa e fazemos nossa comida aqui em casa, imaginem aí!
“Fique de sessenta a noventa dias sem usar UBER, TÁXI, FOOD e RAPPI e outros aplicativos de compras na internet”. Alguém me diz o que é um RAPPI?
Brincadeiras à parte, três conclusões:
- Durante a pandemia algumas coisas dessa lista foram necessárias, mas desconsideradas por muitos, justamente com a alegação de que prejudicaria a economia. O motivo era salvar vidas, mas, quem ligava?
- Todas essas medidas restritivas já são o feijão com arroz da população brasileira, que vive (pela hora da morte) com um salário-mínimo. Portanto, nunca li algo tão ridículo e alienado.
- Beijar camiseta nunca foi sinônimo de amor à pátria. Quem ama o Brasil não cria, nem segue uma ideia canalha como essa.
Sendo assim, resolvi, dar um conselho amigo a essas cabecinhas fofas de vento, de inteligência privilegiada, que abraçam a ignorância como quem abraça a própria mãe:
Se você tem um emprego, vá trabalhar; se tem dinheiro, gaste-o normalmente, se tem um presidente eleito com 60 milhões de voto, cale a boca, siga em frente e espere a próxima oportunidade de mudar essa história.
Ah! Muito cuidado com quem te influencia a fazer besteira. Se essa pessoa estiver na Flórida tomando vinho da marca Il Mito, certeza de que você não será salvo.
Beijos (à distância) da Fada.