Gaza e os Devotos do Ódio
Natal, RN 20 de mai 2024

Gaza e os Devotos do Ódio

28 de outubro de 2023
4min
Gaza e os Devotos do Ódio
Foto: Marwan Sawwaf/ Alef Multimídia/ Oxfam

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Eu lembro que em 1999 fui abordado por um colega de trabalho, que me disse o seguinte: vamos entrar no verdadeiro século das luzes, onde a tecnologia vai superar essas ideologias mofadas e a humanidade vai evoluir para um patamar superior.

Eu franzi a testa e me perguntei de onde essa pessoa tirou essa expectativa. Mas na verdade havia um certo clima de otimismo, afinal o “comunismo” tinha morrido e o capitalismo seria o futuro da humanidade e caberia à sociedade dar um “olhar humano”, para evitar “excessos”. Uma grande bobagem, mas que tinha sido aceita, de bom grado, inclusive por vários segmentos da esquerda.

Passados 23 anos desde que o “novo século das luzes” começou, o que temos? O tal “reino da informação” de fato espalhou-se pela sociedade e produziu um fenômeno sombrio: a idiotização social. Calma! Não se trata de uma sentença ditada por um intelectual metido a besta. Trata-se de uma funesta constatação. O mundo não melhorou.

Guerras que se espalharam pelo mundo, mataram milhões de pessoas e criaram um flagelo que afetou e afeta o Velho Mundo: o problema dos refugiados; problemas sociais elevados ao extremo (miséria, fome, banditismo); estados esfarelando dando origem a dezenas de problemas étnicos, religiosos, raça, etc.

Mas uma coisa não mudou nesses 23 anos. A figura macabra dos EUA, o novo “senhor do Mundo”. O grande império que se autoproclama “xerife da democracia ocidental”. E esse novo império deu força para a volta do nazismo-fascismo ao topo da luta política. E o mundo mergulhou numa espiral de violência e morte.

Nesse período o Império teve 4 presidentes: o patético George W. Bush, que anunciou ao mundo quem daria as cartas; o sorridente Barak Obama, o mais sanguinário deles, se pensarmos em intervenções externas; o destrambelhado Donald Trump, que patrocinou o retorno à cena política mundial da extrema-direita; e o caquético Joe Biden, que parece querer ver o mundo pegar fogo.

E a Palestina é o alvo da vez. Se a maior potência do mundo e a polícia secreta mais mortal do planeta não tiveram a capacidade de monitorar o Hamas, um grupo que cresce na queda de prestígio da al-Fatah e que sempre aceitou o terrorismo como força de resistência, das duas uma: ou fizeram vista grossa, porque servia para derrotar a Fatah, ou nem os EUA e o Mossad são essas coisas todas.

O fato é que, hoje, o sangue virou água na pequena Faixa de Gaza. Os sionistas que dominam o Estado religioso judeu (desde 2018) resolveram aplicar, de forma macabra, o que os nazistas fizeram com os judeus de Varsóvia em 1944: cercar e exterminar.

Israel, que nunca foi um Estado afinado com a ONU, deu uma banana para essa adoecida instituição, lembrando até como a Liga das Nações foi desprezada pela Alemanha de Hitler, pela Itália de Mussolini e pelo Japão de Hiroito.

O sanguinário Benjamin Netanyahu, encabeça essa nova onda de terror estatal. Mas é bom lembrar que essa personagem macabra foi primeiro-ministro entre junho de 1996 a julho de 1999; de março de 2009 a junho de 2021; e finalmente desde dezembro de 2022. Portanto não é nenhuma novidade que esse flagelo dos palestinos não seja conhecido de Israel e do mundo.

Netanyahu junta-se ao “tchutchuca de nazistas”, Volodymyr Zelensky e Biden, patrono dos dois, formando a tríade dos Devotos do Ódio, a um passo de compor os quatro cavaleiros do apocalipse.

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