A estratégia de Carlos Eduardo para vencer a eleição no 1º turno em Natal
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A pré-candidatura de Paulinho Freire (União) trouxe uma novidade para a campanha eleitoral de 2024. E a depender dos números de hoje, o principal beneficiado tende a ser o atual líder nas pesquisas, o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD).
Com um fundo eleitoral robusto, o União Brasil e o PL, controlado no Estado pelo senador Rogério Marinho, estão dispostos a despejar dinheiro na campanha do empresário, sócio da Destaque Promoções e Eventos. Segundo informações apuradas com uma fonte na Câmara Municipal, cada vereador apoiador de Paulinho Freire vai receber uma cota de R$ 200 mil para sua própria campanha.
Ao lançar a pré-candidatura ainda em janeiro, o deputado divulgou ter o apoio de 17 vereadores, mas pelo menos 20 já embarcaram na pré-campanha dele.
União Brasil e PL são os partidos que mais receberão recursos do fundo eleitoral. Juntas, as duas legendas abocanharão R$ 1,4 bilhão para serem divididos entre as campanhas de todo o país. O PT aparece como o terceiro partido que mais receberá verba do fundo, R$ 619,8 milhões. O quarto é o PSD de Carlos Eduardo, que terá à disposição R$ 420,9 milhões. Os dados foram divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
O problema é o termômetro das pesquisas, que começam a apontar a possibilidade de vitória de Carlos Eduardo já no 1º turno. A estratégia está nos bairros. Caso Paulinho não cresça nos primeiros 20 ou 30 dias de campanha, os vereadores hoje aliados dele já começam a falar em liberar as lideranças comunitárias para fazer campanha para outros candidatos. Se Natália Bonavides também não subir e as pesquisas mostrarem que Carlos Eduardo pode resolver a parada dia 6 de outubro, as lideranças nos bairros migrarão para o ex-prefeito, ainda que a maioria dos vereadores siga com Freire.
Uma fonte ouvida pela coluna diz que a candidatura de Paulinho Freire inflacionou a campanha de uma forma nunca vista antes. O deputado federal foi estimulado a lançar a pré-candidatura pelos próprios vereadores que o apoiam hoje por questões financeiras, ou seja, para poder financiar as próprias campanhas. Caso o União Brasil não tivesse uma candidatura majoritária própria, não haveria dinheiro extra do Fundo Eleitoral do UB para irrigar as campanhas dos parlamentares municipais.
Para levar a eleição para o 2º turno, Natália e Paulinho precisam ultrapassar o percentual de 20% nas pesquisas. E ainda tem o fato Rafael Motta (Avante), que fala em manter a campanha, mas negocia nos bastidores a vaga de vice na chapa de Carlos Eduardo.
A última vez que dois candidatos chegaram à marca foi em 2012, quando Fernando Mineiro (PT) obteve 22,63% dos votos e Hermano Morais (MDB) alcançou 23,01%. A pequena diferença levou Morais ao 2º turno contra o próprio Carlos Eduardo, eleito prefeito no embate final.
As duas últimas campanhas em Natal foram definidas no 1º turno: Álvaro Dias (2020) e Carlos Eduardo (2016).
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