Maduro anuncia rompimento institucional, político e econômico com EUA
Em um pronunciamento duro, no palácio Miraflores, em Caracas, o presidente eleito da Venezuela Nicolás Maduro anunciou nesta quarta-feira (23) o rompimento das relações institucionais, políticas e econômicas com os EUA.
Maduro também deu um prazo de 72 horas para todas as autoridades do corpo diplomático norte-americanas deixarem a Venezuela.
O clima na Venezuela é tenso. Há risco de golpe de Estado contra o Governo bolivariano. As forças de oposição venezuelanas insufladas pelo governo de Donald Trump conseguiram mobilizar milhares de venezuelanos.
O presidente da Assembleia Nacional Juan Guaidón se autoproclamou presidente interino da Venezuela e foi reconhecido por Trump e outros nove presidente até o momento, como Jair Bolsonaro.
Aliado de Maduro, a Rússia divulgou comunicado reconhecendo Maduro presidente da Venezuela.
O petróleo e o gás produzidos na Venezuela estão na mira dos EUA e dos países que apoiam a intervenção norte-americana no país governador por Nicolás Maduro, a exemplo do Brasil e Colômbia. Maduro disse que não deixará a presidência do país:
"Aqui não se rende ninguém, aqui não foge ninguém. Aqui vamos à carga. Aqui vamos ao combate. E aqui vamos à vitória da paz, da vida, da democracia", afirmou.
No discurso desta quarta-feira, Maduro acusou Donald Trump de provocar o enfrentamento interno entre os venezuelanos:
- Nem golpismo nem intervencionismo. Venezuela quer progressos, desenvolvimento. Eles pretendem governar a Venezuela de Washington. Nunca havia visto tanta insolência da oligarquia colombiana, aventurada pela direita fascista. Nossos problemas resolvemos em casa, contando com o povo, com a classe obrera, com as mulheres.