A proposta que o ministro Gilmar Mendes apresentou pedindo adiamento do julgamento do Habeas Corpus do ex-presidente Lula, além da sua imediata liberdade até a apuração das denúncias trazidas com as reportagens do The Intercept Brasil sobre a Vaza Jato foi rejeitada, nesta terça-feira (25), pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro Celso de Mello, principal incógnita no julgamento do habeas corpus, considerou que não se podia mais adiar a votação do pedido proposto pela defesa e disse que já estava pronto para proferir seu voto. O magistrado, então, decidiu votar contra a proposição de Gilmar Mendes para soltar Lula enquanto o mérito do HC não é analisado.
Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, afirmou que não via os excessos do ex-juiz federal Sérgio Moro expostos nas reportagens como “parcialidade” e não poderia considerá-lo suspeito até o momento e, por isso, acompanhou Celso de Melo para não conceder liberdade provisória a Lula. Cármen Lúcia também seguiu nessa linha e disse que mantém a posição de dezembro, quando foi contrária ao HC. Seu voto, portanto, também foi contra a soltura do ex-presidente.