A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (27) no Distrito Federal e Minas Gerais um assessor especial e dois ex-assessores do ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, no caso dos laranjas do PSL.
Os mandados são de prisão temporária e busca e apreensão e foram autorizados pela Justiça de Minas Gerais. Computadores e celulares foram apreendidos pela PF.
Mateus Von Rondon Martins, assessor especial do Ministério do Turismo e braço-direito do ministro Álvaro Antônio foi preso em Brasília. Além dele, A PF também prendeu Roberto Silva Soares e Haissander Souza de Paula, que atuaram na campanha eleitoral que elegeu o ministro o deputado federal mais votado em MG.
Enquanto Roberto foi coordenador de campanha no Vale do Aço, em Minas, e foi assessor do seu gabinete na Câmara de 2015 a 2018, Haissander foi assessor entre 2017 e 2019.
Investigação
O ministro Álvaro Antônio era o presidente do PSL em Minas Gerais durante as eleições de 2018 e há suspeitas que ele foi o chefe do esquema de candidaturas de fachada no estado, onde direcionou verbas públicas de campanha para empresas ligadas ao seu gabinete na câmara.
O comando nacional do partido repassou R$ 279 mil a quatro candidatas. O valor representa o percentual mínimo exigido pela Justiça Eleitoral (30%) para destinação do fundo eleitoral a mulheres candidatas.
As quatro candidatas de Minas estão entre os 20 nomes que mais receberam dinheiro público pelo partido do presidente Jair Bolsonaro, mas juntas não chegaram a marca de dois mil votos.
Dos R$ 279 mil repassados ao PSL, ao menos R$ 85 mil foram parar oficialmente na conta de quatro empresas de assessores, parentes ou sócios do atual ministro do turismo.