II Festival Frente Feminina estreia este sábado com trabalhos artísticos realizados por mulheres negras
Natal, RN 30 de abr 2024

II Festival Frente Feminina estreia este sábado com trabalhos artísticos realizados por mulheres negras

4 de março de 2021
II Festival Frente Feminina estreia este sábado com trabalhos artísticos realizados por mulheres negras

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No mês em que se celebra a luta das Mulheres por direitos, uma programação totalmente dedicada a trabalhos artísticos realizados por mulheres negras do Brasil e do mundo será oferecida virtualmente e de forma gratuita. Neste sábado, 6, tem início a 2ª edição do Festival Frente Feminina no YouTube (https://www.youtube.com/festivalfrentefeminina). As atividades ocorrem nos sábados e domingos de março, sempre às 20h.

Idealizado por Larissa Mauro e pelas artistas brasilienses Anna Marques e Catarina Accioly, além de curadoria de Mariana Nunes e Shirley Cruz, o festival recebeu patrocínio do Programa Pontes, uma iniciativa do Oi Futuro e o British Council, e foi selecionado pelo Prêmio Gran Circular Aldir Blanc 2020 do GDF.

Com tradução em libras, o festival este ano tem como tema o afrofuturismo, que dialoga com a ideia do corpo negro no futuro, e tem a proposta de trazer visibilidade, encontro e valorização dos corpos das artistas negras, suas histórias, linguagens, biografias e artes, a partir da difusão dos trabalhos selecionados de 10 artistas de Brasília e mais 10 de outros estados do Brasil.

A programação se divide em quatro mostras concebidas para valorizar a potência criativa e a pluralidade da mulher negra nas artes, suas linguagens, visões de mundo, biografias. “Esta edição virtual nos permitiu experimentar o hibridismo de linguagens misturando as artes vivas com audiovisual. E cada um dos trabalhos foi roteirizado, dirigido ou protagonizado por mulheres negras”, comemora Larissa Mauro, uma das coordenadoras do festival criado em Brasília em 2019.

Para Larissa, a realização desse projeto é a concretização “de um processo de cura” para ela e para muitas outras mulheres pretas. “A arte não é terapia, mas muitas vezes é terapêutica, sim. Estar aquilombada com as suas é uma oportunidade de reforçar nosso poder de resistir e existir com amor, respeito e dignidade. Realizar esse projeto está sendo um marco na minha trajetória pessoal e profissional”, afirma.

O processo de se reconhecer negra através das histórias de outras mulheres é ressaltado também pela comunicadora baiana Carolina Magalhães. Para ela refletir sobre o que é ser negra no Brasil é “pensar o racismo - e a luta antirracista - a partir do nosso contexto e do que nos constitui”.

No meu caso particular foi um processo de me descobrir negra e repensar várias experiências que eu vivi com a consciência dessa identidade. Daí a importância de entender o racismo brasileiro porque ele se manifesta de formas diferentes - está nas sutilezas, nos não ditos e até na forma como a gente precisa trabalhar a cabeça pra se enxergar numa ótica positiva”, afirma Carolina.

Os sábados serão dedicados à produção artística do Distrito Federal com duas mostras por dia. Aos domingos, o festival ganha contornos nacionais com mais duas mostras.

Confira a programação detalhada:

6 de março (sábado)

Mostra Cenas Curtas

Instante - Marizilda Dias Rosa (DF)

Mostra ImperAtrizes

Ana Luiza Bellacosta

7 de março (domingo)

Mostra EnCena Preta

Mulher Baobá - Gleide Firmino (DF)

Abrigadouro  - Karla Calansans  (DF)

Sinestesia - Pamela Alves  (RJ)

Galinha - Larissa Nunes (SP)

Retornar - Milca Orrico (DF)

Cine FFF

Vírus - Larissa Mauro e Joy Ballard (DF)

Alfazema - Sabrina Fidalgo (RJ)

O que é ser Mulher Negra no Brasil? com Nilma Lino Gomes (Professora da Faculdade de Educação da UFMG)

13 de março (sábado)

Mostra Cenas Curtas

A(Fé)tas – Lidi Leão (DF)

Mostra ImperAtrizes

Cristiane Sobral

14 de março (domingo)

Mostra EnCena Preta

Quanto mais o tempo passa, mais vejo minha mãe em mim - Isabella Baroz (DF)

Meu lugar é doutro lado do continente - Nataly Sousa (PE)

Você é flecha - Nanda Pimenta (DF)

Meu corpo negro feminino - Kênia Bárbara (MG/RJ)

Abojuto nipasẹ Afẹfẹ - Cuidada pelo vento - Andrea Mendes (BA/SP)

Cine FFF

Ángela - Idalmis Garcia (Cuba)

Memórias de um Povo - Maria Abade e Mariane Silva (Quilombo Engenho da Ponte/BA)

O que é ser Mulher Negra no Brasil? Com Carolina Guimarães (Comunicadora baiana)

20 de março (sábado)

Mostra Cenas Curtas

Joana – Fernanda Jacob e Tuanny Araujo (DF)

Mostra ImperAtrizes

Gleide Firmino

21 de março (domingo)

Mostra EnCena Preta

Minha voz - Gabriela Correa (DF)

Carne - Aysha Luiza (DF)

Novembro - Naiara Lira (DF)

Dentro de si há uma história, imerge nela! - Paula Marinho (BA)

Nasci pra ser livre - Nãnan Matos (DF)

Cena especial para o II FFF

Meu corpo é frevo o ano inteiro - Inaê Silva (PE)

Cine FFF

PE 460 - Uma Luta Ancestral - Jocicleide Valdeci de Oliveira e Jocilene Valdeci de Oliveira (PE)

Black Out - Crioulas Video e Tankalé

O que é ser mulher negra no Brasil? Com Givânia Silva (Coordenação Nacional Quilombola) (PE/DF)

27 de março (sábado)

Mostra Cenas Curtas

Tão escutando? – Luana Lebazi (DF)

Mostra ImperAtrizes

Renata Jambeiro

28 de março (domingo)

Mostra EnCena Preta

Beleza Plena  - Jamila Terra (DF)

Breve crônica sobre dor crônica - Balbina de Sá (RS)

Quatro Ôri - Mariana Maia (RJ)

Raízes - Jessica Madona (RJ/SP)

Rastros de Fé - Cyda Baú (MG/SP)

Cine FFF

Calibre 180 – Shirley Cruz (RJ)

O Dia de Jerusa – Viviane Ferreira (BA/SP)

A programação fecha com o lançamento do documentário Diário de Bordo - Residência EnCena Preta, realizado pela equipe do II FFF.

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