Fuga em Mossoró “foi a única e será a última”, diz ministro da Justiça
Natal, RN 30 de abr 2024

Fuga em Mossoró “foi a única e será a última”, diz ministro da Justiça

17 de abril de 2024
3min
Fuga em Mossoró “foi a única e será a última”, diz ministro da Justiça
Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

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A fuga no presídio de Mossoró "foi a única e será a última" do sistema penitenciário federal, garantiu o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, nesta terça-feira (16). Ele participou de audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.

“Fui surpreendido com essa fuga, que foi absolutamente excepcional e inusitada. Garanto: foi a única e será a última. Nós temos hoje quatro funcionários afastados e 10 processos administrativos disciplinares abertos. Havia, na época, 29 policiais de plantão, que foram substituídos. E nós aumentamos o quantitativo de policiais penais, que hoje montam a 276 servidores”, informou.

O ministro também falou sobre a adoção de procedimentos estruturais para o reforço de segurança nas cinco unidades federais. Ele disse que a fuga só foi possível mediante auxílio externo, organizado. 

“Como eu disse, fizeram, na época, um verdadeiro comboio do crime, com três viaturas, digamos assim, sendo que dois fuzis foram apreendidos, vários celulares, vários cartões de crédito. Realmente, não fosse o trabalho de inteligência da Polícia Federal e não fosse a colaboração também da Polícia Rodoviária Federal, possivelmente, eles já estariam fora do País”, afirmou o ministro.

Lewandowski anunciou o reforço de câmeras de monitoramento, muralhas e cursos de capacitação em todos os presídios de segurança máxima do País e acrescentou que o retorno dos fugitivos para o mesmo presídio em Mossoró demonstra a confiança na atual estrutura da penitenciária.

De acordo com ele, já foi dado início à construção da muralha na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO), e a licitação para a obra na unidade de Mossoró será aberta em maio.

A expectativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública é que a construção no entorno da penitenciária da cidade potiguar fique pronta até agosto de 2025, com um orçamento de R$ 37 milhões.

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento escaparam em 14 de fevereiro e só foram recapturados em 4 de abril, 50 dias depois, em Marabá (PA). Os dois presos integram a facção criminosa Comando Vermelho e foram os primeiros a conseguir fugir do sistema penitenciário federal, que inclui ainda penitenciárias em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). A operação de recaptura custou ao todo cerca de R$ 6 milhões.

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