CVV procura voluntários que tenham “disposição para ouvir e conversar”
Natal, RN 27 de abr 2024

CVV procura voluntários que tenham "disposição para ouvir e conversar"

13 de março de 2024
4min
CVV procura voluntários que tenham
O CVV Natal recebeu 40.781 ligações somente em 2023 - Foto: CVV Natal

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O Centro de Valorização da Vida (CVV), organização sem fins lucrativos que oferece apoio emocional, gratuito e sigiloso a pessoas que precisam conversar, vai realizar um curso de seleção para novos voluntários em Natal. O curso também é gratuito e terá início no dia 6 de Abril, às 14 horas. O Programa de Seleção de Voluntários (PSV), do CVV, abordará temas como escuta ativa, prevenção ao suicidio e apoio emocional. A capacitação terá um total de 13 aulas e será realizada no Instituto Padre Miguelinho, que fica na Rua Fonseca e Silva, n° 1103, no Alecrim, em Natal. 

Para ser voluntário, é necessário ter mais de 18 anos, disponibilidade de 4 horas por semana para prestar atendimentos, participar de reuniões de grupo uma vez por mês e realizar capacitações oferecidas pelo CVV uma vez por ano. Os interessados podem se inscrever através do link: http://www.cvv.org.br/seja-voluntario/

O que é o CVV

O Centro de Valorização da Vida é uma ONG, financeira e ideologicamente independente, não possui viés político ou religioso e que trabalha na prevenção do suicídio, de forma totalmente sigilosa, dando apoio emocional a inúmeras pessoas que sofrem com depressão e que se encontram em situações que as podem levar ao suicídio. É fato que nada substitui a ida a um psicólogo, porém existem pessoas que não se sentem confortáveis em conversar com alguém. Desse modo, o CVV serve como alternativa de ajudá-las. Por isso, quem deseja ser atendido por um voluntário do CVV não precisa se identificar, nem passar nenhuma informação ou contato seu. 

E para melhorar, aqueles que desejarem, podem ser atendidos a qualquer momento do dia, uma vez que os voluntários estão disponíveis 24 horas por dia, todos os dias da semana. Também é importante lembrar que os atendimentos são totalmente gratuitos e que qualquer pessoa pode entrar em contato com o centro, seja por telefone, ligando no 188, ou pelo chat e e-mail, através do site www.cvv.org.br

O CVV trabalha com voluntários que disponibilizam parte do seu tempo para ouvir e conversar, no intuito de ajudar da melhor maneira possível na prevenção ao suicídio. A ong nasceu em 1962 e recebe cerca de 3 milhões de ligações por ano. Funcionando há 41 anos em Natal, a capital potiguar recebeu 40.781 ligações somente em 2023. 

Como é ser voluntário 

Thiago Martins é o coordenador do Centro de Valorização da Vida em Natal. Em entrevista para a reportagem, o coordenador contou que conheceu o CVV ainda criança enquanto olhava a lista telefônica dos seus pais. “Confesso que tudo começou criança... eu sempre fui muito curioso, e olhava as listas telefônicas que chegavam na minha casa, e via na parte de telefones úteis o do CVV. O tempo passou, quando já estava maior, me lembro de estar andando pelo centro da cidade, quando vi a sede do CVV, e me bateu aquela memória de criança.”, lembrou. 

A entrada pro trabalho voluntário aconteceu quando um colega de Thiago o convidou para participar do curso do CVV, ainda em 2015. Ao olhar para as memórias do passo, o atual coordenador sentiu interesse e decidiu entrar para conhecer o ambiente. 

“A entrada no trabalho, no entanto, só ocorreu um pouco depois, em 2015, quando eu estava trabalhando e um colega disse que à tarde teria um compromisso, que era o início do curso do CVV, onde ele era voluntário. Eu contei a ele essas minhas lembranças e disse que tinha interesse. Daí fui pra esse curso, o PSV, e me tornei voluntário.”, comentou. 

“Ser voluntário é algo muito satisfatório.”, defende Thiago comentando que os voluntários do CVV precisam de 4h semanais de disposição para os atendimentos. Além disso, o Centro também disponibiliza uma série de cursos e capacitações para os voluntários. “Poder, de algum modo, ajudar as pessoas, me colocando à disposição para ouvi-las, e assim prestar o apoio emocional. É, na prática, contribuir um pouco para amenizar uma situação tão complexa de solidão que hoje afeta muitas pessoas.”, conclui. 

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