Bolsistas da UFRN entram em greve a partir de segunda-feira (15)
Natal, RN 30 de abr 2024

Bolsistas da UFRN entram em greve a partir de segunda-feira (15)

12 de abril de 2024
4min
Bolsistas da UFRN entram em greve a partir de segunda-feira (15)
Imagem: Reprodução/Movimento dos Bolsistas da UFRN.

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Uma assembleia dos estudantes bolsistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizada nesta quinta-feira (11) no campus central aprovou, por unanimidade, greve total da categoria a partir da próxima segunda (15), por tempo indeterminado.

A decisão validou a consulta online na qual os estudantes votaram para definir se os bolsistas iriam suspender as atividades ou não. De acordo com o Movimento dos Bolsistas da UFRN, o formulário de votação contou com mais de 180 respostas.

Para justificar a paralisação, os estudantes bolsistas pedem a não redistribuição do trabalho do servidor para o bolsista, a revisão do regulamento das bolsas na UFRN e a recomposição do orçamento da educação, assim como o aumento no orçamento da assistência estudantil. Além disso, a greve dos bolsistas também tem como motivação o apoio aos servidores técnico-administrativos da instituição, em greve oficialmente desde 14 de março, bem como aos professores, que vão decidir se deflagram ou não a greve em plebiscito a ser realizado nos próximos dias 15 e 16.

Thiago Silva, integrante do Movimento dos Bolsistas, falou anteriormente à Agência Saiba Mais a respeito da sobrecarga que os estudantes bolsistas estão enfrentando na UFRN, já que os setores da universidade precisam continuar funcionando mesmo com a greve dos técnico-administrativos. Na ocasião, o estudante lembrou que o documento que regulamenta as bolsas na UFRN proíbe os bolsistas de executarem trabalhos que são dos servidores.

O regulamento coloca que o bolsista não pode fazer trabalhos que são dos servidores. Coloca que os bolsistas não podem fazer trabalho presencial enquanto os servidores estão em trabalho EaD, coloca questões de recesso, que hoje em dia a gente tem 30 dias de recesso no ano, sendo que o calendário da UFRN tem o recesso de mais de 90 dias. Então a gente acaba ficando 60 dias das nossas férias na UFRN. Coloca que, caso a gente precise vir durante o período de férias para a UFRN, que a gente receba alguns subsídios como por exemplo auxílio transporte, auxílio alimentação, porque a gente gasta vindo para a UFRN ser bolsista, dentre outras questões”, elencou o estudante.

Calendário de lutas dos estudantes bolsistas

Após aprovar a greve geral, agora os bolsistas planejam os próximos passos. Na segunda (15), às 8h, acontece um ato de deflagração da greve no prédio da reitoria da UFRN, com entrega, à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PROAE), de um abaixo-assinado contendo as assinaturas dos estudantes que votaram a respeito da paralisação no formulário online.

Já na quinta-feira (18), os bolsistas promovem, às 14h30, também na reitoria da universidade, um ato reivindicando mais assistência estudantil.

Na assembleia, o movimento também encaminhou que os bolsistas se façam presentes nas assembleias dos servidores técnico-administrativos, professores e terceirizados da UFRN, em uma demonstração de apoio.

Para guiar o calendário de lutas, o movimento encaminhou a eleição de um Comitê de Greve, mas já está com um grupo provisório organizando as questões da paralisação.

A situação da greve na UFRN

Em greve oficialmente desde 14 de março, os servidores técnico-administrativos da UFRN realizaram, nesta quarta-feira (10), uma assembleia geral da categoria para fazer uma avaliação da conjuntura da greve e debater os próximos passos da mobilização dos servidores.

Além disso, os professores da UFRN aprovaram, na terça (09), um indicativo de greve para o dia 22 de abril. A categoria vai decidir se adere à paralisação por meio de um plebiscito que acontece nos dias 15 e 16 deste mês. De acordo com Sindicato dos Docentes da UFRN (ADURN), caso a deflagração da greve seja aprovada, será por tempo indeterminado.

Como explicado anteriormente pela Agência Saiba Mais, além do apoio aos servidores técnico-administrativos, os professores demonstram insatisfação com a proposta de reajuste zero do governo federal aos servidores para este ano, pedem a reestruturação da carreira e a recomposição dos orçamentos das instituições federais de ensino.

Já o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), com os servidores em greve oficialmente desde 03 de abril, recomendou, no último dia 08, a suspensão do calendário acadêmico de 2024 nos 22 campi.

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