Greve UFRN: após ameaças, estudantes bolsistas realizaram ato na Reitoria
Natal, RN 30 de abr 2024

Greve UFRN: após ameaças, estudantes bolsistas realizaram ato na Reitoria

15 de abril de 2024
4min
Greve UFRN: após ameaças, estudantes bolsistas realizaram ato na Reitoria
Estudantes se reuniram com a PROAE da UFRN | Foto: cedida

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Nesta segunda-feira (15), os estudantes bolsistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizaram um ato, em frente à Reitoria do campus central, para deflagrar a greve, debater assuntos e questionar um posicionamento da Instituição perante as denúncias das ameaças de cortes de bolsas, aqueles alunos que aderiram à greve. 

Os estudantes bolsistas da UFRN entraram de greve, por tempo indeterminado, nesta segunda-feira (15) de abril. Já no ato de hoje, estiveram presentes a União Estadual dos Estudantes (UEE) e o Comando Provisório de Greve, que ocuparam a reitoria para conversar com o Prof. Edmilson Lopes Júnior., diretor da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PROAE) da UFRN.

Os bolsistas repudiaram o Ofício Circular da unidade, que indicava aos diretores de Centros Acadêmicos, que os bolsistas deveriam permanecer em suas atividades sob o risco de levar faltas nas bolsas. Confira o Ofício aqui:

Ainda segundo o Movimento dos Bolsistas da UFRN, alguns estudantes bolsistas estariam sendo ameaçados por servidores de diversos setores para não aderir à greve. Segundo denúncias, que ainda estão sendo apuradas, os bolsistas estavam sendo ameaçados de desligamentos, caso fossem favoráveis à paralisação. 

Ana Beatriz Sá, militante da UEE, explicou que o ato foi para saber qual posição a PROAE tomaria diante disso. Segundo a militante, a UFRN tem 48 horas para se posicionar do ocorrido e, caso o perecer não for favorável, os grevistas irão fazer novas intervenções. 

“Esse ofício, mandado pela Reitoria, foi enviado para todos os diretores de Centros, e aí nos setores os bolsistas estavam sendo penalizados. Estavam com suas frequências retiradas. E o ato foi para a gente saber sobre essa posição da PROAE e exigir uma resposta para que não tenha esse tipo de perseguição, tanto ao movimento estudantil, mas também ao direito constitucional de entrar em greve.”, comentou. 

“A pró-reitoria ficou um pouco recuada, disse que não podia exatamente fazer muita coisa. E a gente exigiu, ao final da reunião, e tiramos o encaminhamento de que a pró-reitoria deveria lançar um posicionamento, assim, diferente, né? Em até 48 horas. E caso ele não fizesse isso, a gente ia aumentar o tom, né? A gente ia fazer uma nova intervenção.”, finalizou.  

Na tentativa de conversa, os estudantes exigiram que a PROAE soltasse uma nova circular resguardando o direito à greve. A classe também conseguiu, junto com o Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do Rio Grande do Norte (Sintestrn) e o Comando Local de Greve (CLG), dos servidores técnicos- administrativos, entregar uma carta com todas as reivindicações da categoria. Além disso, uma nova assembleia vai acontecer na próxima quinta-feira (18), às 13h, no pátio da Reitoria, para construir uma nova carta de reivindicações e eleger um Comando de Greve Definitivo. 

Confira o pronunciamento do movimento:

Entenda a greve dos bolsistas 

Na última quinta-feira (11), uma assembleia dos estudantes bolsistas da UFRN campus central aprovou, por unanimidade, greve total da categoria a partir desta segunda (15), por tempo indeterminado. 

Para justificar a paralisação, os estudantes bolsistas pedem a não redistribuição do trabalho do servidor para o bolsista, a revisão do regulamento das bolsas na UFRN e a recomposição do orçamento da educação, assim como o aumento no orçamento da assistência estudantil. 

Além disso, a greve dos bolsistas também tem como motivação o apoio aos servidores técnico-administrativos da instituição, em greve oficialmente desde 14 de março, e também aos professores, que vão decidir se deflagram ou não a greve em plebiscito a ser realizado nos próximos dias 15 e 16.

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