PSOL lidera partidos com mais filiações de jovens no Brasil 
Natal, RN 21 de mai 2024

PSOL lidera partidos com mais filiações de jovens no Brasil 

30 de abril de 2024
5min
PSOL lidera partidos com mais filiações de jovens no Brasil 
Foto: Nelson Jr./ ASICS/TSE

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A filiação de pessoas de 16 a 24 anos em partidos políticos é a menor em uma década, segundo uma pesquisa levantada pelo Globo, que usou dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, siglas de esquerda, como o PT e o PSOL foram as legendas que mais cresceram nos últimos anos.

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), pela primeira vez na história, liderou o número de jovens filiados entre todas as agremiações. Com 19 mil jovens filiados em todo o país, o partido foi o que mais cresceu nos últimos dez anos. Logo em seguida, o PT aparece com 17 mil jovens filiados, seguido pelo MDB com 15 mil, o PL com 10 mil e o PSDB com 8 mil filiações, fechando a lista com as cinco siglas que mais subiram nos últimos anos. Aliás, comparando com as outras legendas tradicionais, o Psol foi o partido que menos perdeu filiações de 2014 até 2024, registrando um aumento de 9 mil novas associações na última década.

Para Sandro Pimentel, presidente estadual partido, a juventude, historicamente, tem uma consciência mais crítica sobre a realidade do mundo, do país, e das coisas que vêm acontecendo. “Agora, com o advento das mídias sociais, essa força, esse potencial, ele se amplia. Porque hoje você tem notícia de tudo que é lado. Você tem no seu Facebook, no seu Instagram, no seu WhatsApp, é bombardeado por mensagens todos os dias e as pessoas acompanham. Às vezes, mesmo aquelas pessoas arredias a política, sem querer, elas acompanham em casa, porque está vendo um jornal, está vendo noticiário.”, explica comentando sobre o crescimento da filiação de jovens.

“Como o jovem tem mais vigor, tem mais energia e está mais disposto a ir para as ruas e lutar pelos seus direitos, essa juventude se identifica com o pessoal, porque é um partido do socialismo e dá liberdade. Então é um partido que não discrimina quem é de religião A, B ou C. Não discrimina pessoas LGBT ,negros, negras ou indígenas.”, finaliza.

Pimentel explica que ainda não tem os números absolutos no estado potiguar, porque a pesquisa ainda é feita em nível nacional. O presidente também comentou que o partido vem crescendo cada vez mais por ter mais proximidade com as lutas de classes e, principalmente, pelo acolhimento da sigla as minorias sociais, que vale destacar, são perseguidas diariamente. Se filiar a um partido é uma etapa mais burocrática, e o associado precisa comparecer a atividades políticas da legenda e ainda participar de votações internas.

Ranking dos jovens filiados a partidos políticos no Brasil — Foto: Editoria de Arte | fonte: O Globo

Leia também: Thabatta Pimenta confirma saída do PSB e entrada no PSOL em 2024

Polarização aumentou filiações no PT e PL

A sigla do ex -presidente, agora inelegível, Jair Bolsonaro, também cresceu exponencialmente, desde da filiação de Messias na legenda. Segundo a pesquisa, isso reforça ainda mais a polarização do cenário político atual e as disputas entre Lula e Bolsonaro. Isso porque, o partido petista sofreu queda nas filiações de jovens, principalmente após o impeachment de Dilma Rousseff e a prisão de Lula. Agora, com a soltura de Luiz Inácio e a sua terceira reeleição, o Partido dos Trabalhadores registrou um aumento que foi de 9 mil para 17 mil jovens filiados. Já o PL, desde que Bolsonaro se filiou a legenda, em 2021, teve o número de associados jovens dobrados, passando dos 5 mil para 10mil.

Embora o crescimento represente um bom cenário para os petistas, é importante mencionar que, em 2014, na época das disputas Dilma x Aécio, o partido petista tinha 53.784 filiados. O Psol, no mesmo período, tinha 10.442 filiados. Segundo a pesquisa, o desinteresse dos mais jovens começou após 2014, com os desgastes nos debates políticos, principalmente com escândalos de corrupção e as nuances da Operação Lava-Jato. Diante disso, a participação dos mais novos caiu de 415 mil filiados para pouco mais de 180 mil nos dias de hoje. 

A queda também foi brusca entre os partidos tradicionais, como o MDB (de 37,6 mil para 15 mil); o PSDB (30,7 mil para 8,6 mil); e o PT (53,7 mil para 17,4 mil). 

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