Ufersa suspende calendário acadêmico nesta segunda (10)
Natal, RN 3 de jul 2024

Ufersa suspende calendário acadêmico nesta segunda (10)

10 de junho de 2024
4min
Ufersa suspende calendário acadêmico nesta segunda (10)
Ufersa I Foto: Eduardo Mendonça

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O calendário acadêmico da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), está suspenso a partir desta segunda-feira (10), conforme a decisão do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) publicada hoje. A decisão, tomada em  reunião extraordinária, acontece depois dos docentes da instituição aderirem a greve dos professores que também começou nesta segunda (10).

A decisão da suspensão é válida para os níveis de graduação, com o Consepe decidindo pela manutenção do calendário acadêmico dos cursos de pós-graduação e também internato de medicina, que manterão as atividades. Já em relação ao funcionamento da biblioteca da Universidade, o funcionamento ficará restrito a sala de estudos, que passa a funcionar em horário especial: de segunda a sexta-feira, no horário das 7h da manhã às 22h e, no sábado, das 7h às 12h, atendendo a sugestão da direção do Sistema de Biblioteca da Ufersa.

A Ufersa afirmou ainda que a decisão da suspensão do funcionamento dos restaurantes universitários será tomada após reunião com a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proae), que vai acontecer na tarde desta segunda (10).

Entenda a greve

Aderindo ao movimento paredista nacional das instituições federais de ensino, os professores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) aprovaram greve geral em assembleia ao final da tarde da última terça-feira (04). 

Na Ufersa, os servidores técnico-administrativos já estão em greve desde o dia 11 de março e a adesão à greve das universidades federais no Rio Grande do Norte faz parte de um movimento nacional de luta pela educação, que também já conta com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) no estado potiguar.

Andes

A Adufersa é filiada ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), que aguarda agora negociação com o Ministério da Educação (MEC) em duas reuniões agendadas para os dias 11 e 14 de junho. 

Em contraproposta apresentada ao governo federal, o grupo admite reajuste de 0% este ano, mas com recomposição das perdas salariais de 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio 2026; além de cumprimento de outros pontos de pauta: como a garantia de paridade entre ativo(a)s e aposentados(as) e o reenquadramento dos(as) aposentados(as) na carreira na posição relativa ao momento de suas aposentadorias. Além disso, a aplicação de reajustes salariais lineares, sem revisão dos chamados “steps”; a instituição de uma mesa de negociação permanente para discussão ampla da carreira, na perspectiva da alteração da situação de desestruturação vivida hoje, também são pontos da pauta.

A contraproposta defende, ainda, a criação da mesa nacional permanente da educação para discussão do orçamento, recomposição orçamentária para as Instituições Federais de Educação (IFEs) no patamar mínimo de R$2,5 bilhões em 2024, tendo como horizonte o restabelecimento dos investimentos de verbas de uso discricionário segundo os de 2016, com as correções inflacionárias, bem como manutenção dos pisos constitucionais da saúde e educação.

De acordo com o Andes, já são mais de 60 universidades federais em greve no país.

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