Sindsaúde orienta servidores da saúde de Natal a retornarem ao trabalho
Natal, RN 2 de mai 2024

Sindsaúde orienta servidores da saúde de Natal a retornarem ao trabalho

19 de abril de 2024
4min
Sindsaúde orienta servidores da saúde de Natal a retornarem ao trabalho
Imagem: Sinsenat/Reprodução.

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Levando em consideração a decisão judicial do desembargador João Rebouças, que aprovou, na manhã desta quinta-feira (18), o pedido solicitado pelo Município de Natal a respeito da suspensão e ilegalidade da greve dos servidores da saúde da capital potiguar, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) orientou, ainda nesta quinta, que os servidores retornem aos seus locais de trabalho imediatamente. 

De acordo com o sindicato, a decisão de suspender a greve foi tendo em vista que o desembargador aplicou uma multa diária no valor de R$ 5000,00 aos grevistas, bem como aos dirigentes sindicais. “Apesar de não concordarmos com a decisão, suspendemos a greve para que ninguém seja prejudicado”, afirmou Érica Galvão, diretora do Sindsaúde/RN.

Apesar disso, a categoria se reúne, na próxima terça-feira (23), às 9h, em uma assembleia geral a ser realizada em frente à Prefeitura de Natal. “Vamos lotar a assembleia na próxima terça-feira (23) e dar resposta a essa gestão truculenta”, pontuou Galvão. 

O sindicato ainda informou nas redes esperar que, na atividade do próximo dia 23, o Prefeito Álvaro Dias (Republicanos) possa receber os dirigentes sindicais e demais representantes da categoria, para iniciar uma negociação e conseguir que a gestão cumpra a lei da Data-Base, uma das reivindicações dos servidores da saúde de Natal. A última aconteceu em 2022, somente após a pressão de uma greve.

Os servidores também reivindicam a implantação e o pagamento retroativo das gratificações – que, de acordo com a categoria, vêm sendo sonegadas –, a implantação e retroativo do adicional por tempo de serviço, o fim do corte das gratificação dos servidores que estão em afastamento, melhores condições de para trabalhar e combate ao assédio moral no ambiente de trabalho, além do cumprimento do piso salarial dos técnicos de radiologia e convocação do cadastro de reserva.

Além disso, o Sindsaúde afirma que os servidores do município de Natal, de forma geral, “lutam contra a truculência e falta de diálogo da gestão, o assédio moral, remanejamentos arbitrários de trabalhadores (as) e dirigentes sindicais, corte de gratificações e precárias condições de trabalho e de atendimento à população”, como manifestou o sindicato em declaração a favor da greve.

Reação da categoria à decisão judicial

A diretora do Sindsaúde, Érica Galvão, contou à Agência Saiba Mais ainda nesta quinta (18) que a decisão do desembargador João Rebouças surpreendeu os servidores da saúde de Natal. “Inclusive, pegando o gancho de uma greve que tinha sido judicializada e ainda não tinha sido julgada no ano passado. Na nossa pauta, existem pontos que são leis e o prefeito não está cumprindo. Também não são só questões salariais. Tem questões de infraestrutura, sucateamento, falta de insumos, falta de mão de obra. Então, a luta dos trabalhadores da Saúde do Município de Natal não é só por questões salariais. Também é por questões estruturais que beneficiam os usuários do município.”, argumentou.

A greve na saúde estadual continua

No âmbito estadual, o movimento grevista da saúde se mantém. Confira o calendário de lutas da 4ª semana da greve, divulgado pelo Sindsaúde:

  • Sexta-feira (19/04), às 9h - Atividade de formação política sobre opressão. Local: Auditório do Sindsaúde/RN.
  • Segunda-feira (22/04), às 9h - Atividade na governadoria do estado.

Greve da saúde em Parnamirim se mantém

Os servidores da saúde do município de Parnamirim estão em greve municipal por tempo indeterminado desde 09 de abril. Segundo o Sindsaúde, o movimento é resultado da falta de diálogo entre os servidores e o prefeito Rosano Taveira (Republicanos). 

A categoria municipal denuncia que está com as progressões atrasadas desde 2019. Além disso, o sindicato diz que, atualmente, a gestão de Taveira paga os valores da produtividade somente aos médicos, deixando outros servidores da área da saúde de fora.

Outras pautas da greve contemplam o Previne Brasil, a luta por melhores condições de trabalho e denúncias sobre sobrecarga, déficit de profissionais e a falta de insumos e materiais de trabalho.

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