Professores da Ufersa aderem à greve das universidades federais
Aderindo ao movimento paredista nacional das instituições federais de ensino, os professores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) aprovaram greve geral em assembleia ao final da tarde desta terça-feira, 04. A informação foi divulgada pela Associação dos Docentes da Ufersa (Adufersa).
Nas redes, o presidente da Adufersa, Thiago Arruda, informou que a paralisação inicia no próximo dia 10, segunda-feira. Com quase 300 docentes presentes, a decisão pela greve da categoria foi aprovada com mais de 195 favoráveis, 94 contrários e sete abstenções. Participaram docentes dos quatro campi da Ufersa.
O vereador Daniel Valença (PT), que é professor da Ufersa desde 2010, manifestou apoio à greve dos docentes da instituição, afirmando ainda que 0% de reajuste em 2024 para os servidores é injustificável.
“A greve aprovada por 2/3 da assembleia joga um holofote sobre a disputa de orçamento público para a Educação, que é um setor essencial para o desenvolvimento cultural da nossa sociedade e para qualquer projeto sério de país”, apontou o parlamentar.
Na Ufersa, os servidores técnico-administrativos já estão em greve desde o dia 11 de março. A adesão à greve das universidades federais no Rio Grande do Norte faz parte de um movimento nacional de luta pela educação, que também já conta com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) no estado potiguar.
Andes
A Adufersa é filiada ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), que aguarda agora negociação com o Ministério da Educação (MEC) em duas reuniões agendadas para os dias 11 e 14.
Em contraproposta apresentada ao governo federal, o grupo admite reajuste de 0% este ano, mas com recomposição das perdas salariais de 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio 2026; além de cumprimento de outros pontos de pauta, como garantia de paridade entre ativo(a)s e aposentados(as) e o reenquadramento dos(as) aposentados(as) na carreira na posição relativa ao momento de suas aposentadorias; aplicação de reajustes salariais lineares, sem revisão dos chamados “steps”; instituição de uma mesa de negociação permanente para discussão ampla da carreira, na perspectiva da alteração da situação de desestruturação vivida hoje.
A contraproposta defende, ainda, a criação da mesa nacional permanente da educação para discussão do orçamento, recomposição orçamentária para as Instituições Federais de Educação (IFEs) no patamar mínimo de R$2,5 bilhões em 2024, tendo como horizonte o restabelecimento dos investimentos de verbas de uso discricionário segundo os de 2016, com as correções inflacionárias, bem como manutenção dos pisos constitucionais da saúde e educação.
De acordo com o Andes, já são mais de 60 universidades federais em greve no país.
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